A Feira do Relógio
Nesta feira de sempre,
onde tudo se compra e se julga comprar:
nacos de esperança,
bugigangas, pequenos tesouros,
em planície de asfalto e de lona,
acampamento sem fim.
Turbilhão de vozes,
mar de rostos,
num cheiro de muitos cheiros.
Mas a feira depressa se tornou
num som de sons, num vício,
numa nostalgia e num sonho.
Nesta agora feira de vento,
tudo foi vida, sonho, esperança.
Mas não se comprou o pensamento,
nem o sorriso duma criança.
Lisboa, Maio de 2002
terça-feira, 24 de março de 2009
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